Na véspera da vigência da reforma Trabalhista, e quando o governo Temer articula para aprovar a reforma da Previdência, milhares de trabalhadores, sindicalistas de todas as centrais, aposentados, representantes de movimentos sociais e populares tomaram as ruas da área Central de Belo Horizonte para protestar contra o desmonte do Estado Brasileiro.
Com faixas, cartazes, estandartes, além de carros de som e balões, os manifestantes participaram do Dia Nacional de Paralisação pelo Fim do Trabalho Escravo e Contra as Reformas da Previdência e Trabalhista.
Na frente do prédio do Ministério do Trabalho e Emprego, na Rua Guarani, a deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG) lembrou que “a partir da zero hora deste sábado as mulheres trabalhadoras grávidas poderão trabalhar em ambiente insalubre, ameaçando a saúde de seus filhos. Eu quero lembrar que cada trabalhador poderá ser contratado pelo regime do trabalho intermitente, com salário relativo só ao período trabalhado. Isto quer dizer que não haverá mais décimo-terceiro, não haverá direito às férias, não haverá qualquer possibilidade de estabilidade. Os trabalhadores a partir da zero hora deste sábado se transformarão em pessoas jurídicas. Pessoa jurídica marceneiro, pessoa jurídica motorista, pessoa jurídica enfermeiro”, alertou.
E acusou: “Estamos aqui nesta porta simbólica para dizer ao governo Temer: O senhor está destruindo o Ministério do Trabalho. O senhor está destruindo a Justiça do Trabalho. Mas o senhor pagará por este crime. Estamos vivendo a desindustrialização, estamos presenciando lojas, oficinas, indústrias serem fechadas. Estamos vivendo esta política criminosa que perdoa as dívidas do Refis; que perdoa as dívidas do FGTS; que perdoa as dívidas do INSS. Esta política criminosa que perdoa sonegadores e destrói o direito inalienável dos trabalhadores”, afirmou, em discurso.
Para Jô Moraes, este é o momento de a classe trabalhadora despertar. E revelou que no dia anterior, o presidente Temer chamou os seus líderes na Câmara para dizer que irá colocar em votação a reforma da Previdência, porque o mercado está reclamando. “Mas eu quero dizer a eles: a reforma da Previdência não passará. A destruição do futuro do povo brasileiro não passará, porque cada um que está aqui irá dizer ao seu deputado: Se o senhor votar a reforma da Previdência, se o senhor roubar o direito do povo brasileiro de ter futuro nós iremos tirar o seu mandato. O senhor não será reeleito”, afirmou sob aplausos. Para a deputada, “só as ruas poderão salvar o Brasil”.
Jornal O Tempo
O Jornal O Tempo noticiou em tempo real a manifestação ‘Dia Nacional de Paralisação pelo fim dos tralho escravo e contra as reformas da Previdência e Trabalhista’, havida na manhã e parte da tarde de hoje (10) em Belo Horizonte. Mostrou a participação da deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG) e também informou sobre a paralisação do trânsito na Praça Sete, no entroncamento das Avenidas Afonso Pena e Amazonas, por volta das 11h45 “quando todos os sentidos das duas avenidas foram interditados pelo grupo”. Vários carros de som e manifestantes se concentraram na área. Outros dois grupos de manifestantes se deslocavam para a Praça Sete. Um da Rua dos Guaicurus e outro da Praça da Estação. Além disso, uma terceira manifestação acontecia em frente ao Parque Municipal Américo Renné Giannetti, sentido Rodoviária da avenida Afonso Pena”, informou.
Íntegra
A íntegra da reportagem do jornal O Tempo você pode conferir no endereço:
Vídeo
Foto/Reprodução: www.otempo.com.br
Fotos: Arquivo parlamentar
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