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Memórias sindicais

16 de junho de 2018 Leave a Comment

Arquivado em: Movimento sindical Tags: Ana Moravi, Ângelo Filomeno, Contagem, documentário, greves, Jô Moraes, memória, metalúrgicos

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As greves dos metalúrgicos de Contagem durante a Ditadura Militar tornaram-se um marco da história do sindicalismo nacional pela dimensão que tomaram e por se se constituírem em enfrentamento ao Estado de Exceção, quando foram destituídos os direitos coletivos e individuais dos brasileiros.  Elas ocorreram com mais intensidade no período de 1968 a 1979. A cineasta Ana Moravi e o roteirista Ângelo Filomeno fizeram um corte temporal para o documentário “Memórias Sindicais”, fixando-se no movimento paredista gestado e deflagrado em 1978, na siderúrgica Mannesmann.  A greve é narrada na perspectiva dos trabalhadores que articularam, participaram, foram demitidos, perseguidos e até espancados pelas forças policiais e ideológicas do período que ficou conhecido como os “Anos de Chumbo”.

O filme, com depoimentos entrecortados por imagens das movimentações, foi exibido nesta sexta-feira (15) na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte, Contagem e Região. A mostra contou com as presenças da deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG), do metalúrgico e sindicalista, José Vieira – um dos protagonistas da história e do vídeo – de dirigentes sindicais, estudiosos, entre os quais Sebastião Neto,  do Fórum dos Trabalhadores por Verdade, Justiça e Reparação, além de trabalhadores que viveram aquele momento, e de outros mais jovens, que participaram das discussões havidas depois da exibição do filme.

Mobilização

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A Ditadura Militar de 64 deflagrou processos de intervenções em sindicatos, que “plantou” informantes em comitês de fábricas, que confiscou direitos civis, sociais, políticos, mas não conseguiu impedir a ação de trabalhadores que, em grupos, se organizaram e mobilizaram a categoria. Inicialmente essas ações foram concentradas em grandes empresas, entre as quais a Belgo-Mineira e Mannesmann, na cidade operária de Contagem, e eram motivadas principalmente contra o achatamento salarial, que atingia os trabalhadores e suas famílias, conta José Vieira.  Em 1968, mesmo sob intervenção do Ministério do Trabalho, no governo do general Costa e Silva, os metalúrgicos fizeram a primeira greve da Ditadura, iniciada na Belgo-Mineira. A ação mobilizou mais de 1,2 mil operários da metalúrgica, que abriu negociação, mas não respondeu às demandas dos trabalhadores. Três dias de paralisação dos operários da Belgo-Mineira, foram suficientes para o movimento se expandir para outras empresas, entre as quais a Mannesmann, SEB e posteriormente a Acesita, Indusam, RCA-Victor, relata.

Violência

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Após 10 anos, desde esta paralisação vitoriosa, que trouxe a Minas o coronel Jarbas Passarinho, ministro do Trabalho de então para negociar com operários, a categoria já estava desarticulada, diante da ação violenta, da exceção como regra, quando novamente os ativistas começaram a se organizar. “Os pelegos plantados nos sindicatos não tinham bons oradores, nem sequer representavam grupos de trabalhadores. Estávamos mais organizados, determinados. Em 78, preparamos uma grande mobilização na Mannesmann. A Polícia Militar foi chamada – e veio violenta, porque convocaram o Batalhão de Montes Claros. Foi a estratégia do governo para nos intimidar e calar, já que os militares daqui tinham muitos parentes metalúrgicos”, revela.

Segundo José Vieira, “os policiais cercaram as ruas da cidade e a empresa. Eles batiam mesmo, sem dó. Muita gente saiu machucada. O governo militar nos ameaçava com a Lei de Segurança Nacional, mas essas ameaças não nos esmoreceram. Mais de 3,5 mil trabalhadores pararam a oficina central da Mannesmann. O sindicato não apoiou o movimento e a greve durou cerca de cinco horas. Mas foi fundamental para que os movimentos deflagrados posteriormente tivessem mais força, mais união dos trabalhadores”.

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Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de BH, Contagem e Região, Geraldo Valgas, que também participou do evento, “o fato histórico mais importante deste período é a expansão do movimento paredista, que geralmente se iniciava em uma empresa, se expandia para as do entorno, somando adeptos, se fortalecendo e amedrontando o governo, ganhando força no Estado e no País inteiro”.

Durante as discussões, o dirigente alertou para a crise vivida hoje com mais de 25 mil demissões na base, com empresas fechando ou reduzindo a produção a níveis alarmantes. “É preciso uma nova virada de mesa, urgente, com a retomada econômica para que o Brasil volte a produzir e crescer”, defendeu.

Fotos: Arquivo parlamentar

 

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