O site da União da Juventude Socialista (UJS) está veiculando uma importante reportagem para, não só procurar entender, mas alertar sobre os acontecimentos que levam setores da população a se incorporar em campanhas e promover atos em defesa da volta da barbárie, de tempos em que as liberdades individuais e coletivas foram usurpadas em nome de um governo de exceção. Com o título ‘Ódio, ontem e hoje’ a série de reportagens especiais, assinada pelos jornalistas Thiago Cassis e Dandara Lima, traz depoimentos de pessoas que resistiram à ditadura e lutam para que aquele momento nunca mais se repita. Uma delas, a deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG).
Eis a reportagem:
“A segunda parte do especial da UJS, ‘Ódio: Ontem e hoje’, traz hoje a Deputada Federal do Partido Comunista do Brasil, Jô Moraes. A comunista foi presa duas vezes no período da ditadura. A primeira, quando fazia parte do Diretório Acadêmico da Faculdade de Serviço Social da Paraíba, durante o Congresso da UNE, de Ibiúna, em 1968, ao lado de mais 800 jovens. A segunda enquanto militava distribuindo panfletos contra o AI-5, na entrada de uma fábrica em Pernambuco. Jô precisou inclusive mudar de nome durante aqueles anos sombrios.
Os nomes utilizados por ela durante a clandestinidade são revelados no seu livro, “Uma história para Érica: fragmentos da vida sob a ditadura militar” , Maria do Socorro, Ana, Luiza e Josydeméia estavam entre os pseudônimos da hoje deputada federal, Jô Moraes.
Segundo ela, “Estamos vivendo um período muito difícil e também perigoso, pois as pessoas esquecem a dolorosa experiência que a democracia brasileira viveu e pedem o retorno à ditadura. Tem gente que está apostando no quanto pior, melhor”. Ela relembra que “muitos jovens foram mortos, perseguidos, torturados” e afirma não imaginar em tempos atuais um retorno ao “regime de força”.
Sobre a atual crise que gera muito descontentamento entre a população, a comunista comenta, “claro que estamos vivendo um momento difícil onde a crise econômica está atingindo a vida do povo, sobretudo pelo agravamento da crise internacional. Considero que mudanças urgentes são necessárias para ultrapassarmos esta fase mais aguda da crise econômica”.
Para que a crise seja combatida de forma justa, a deputada aponta o caminho, “temos que lutar para que os mais ricos é que paguem as consequências da crise estabelecendo o imposto sobre grandes fortunas e sobre a herança”.
Com a experiência de quem lutou contra a ditadura e afirma que “a democracia não pode ser desconstruída”, Jô acredita que “a sociedade organizada – e os estudantes são partes fundamentais neste processo – tem de reagir, ir para as ruas e fazer valer os direitos, a Constituição e todo o arcabouço infraconstitucional que conquistamos até agora”. Para ela a luta agora é por “mais avanços”.
“O respeito ao voto dos brasileiros”, através da defesa do mandato da presidente Dilma e a defesa dos “direitos do povo já conquistados”, segundo ela, “tem que levar a juventude para as ruas”.
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A matéria completa você pode ler no seguinte endereço: http://ujs.org.br/index.php/noticias/2a-parte-do-especial-odio-ontem-e-hoje-jo-moraes/